Assisti à quinta adaptação do filme O Grande Gatsby, estrelada por
Leonardo DiCaprio, ano passado em meados de agosto e fiquei maravilhada com
a história. Soube que o filme fora baseado em um clássico da literatura norte
americana, que confesso, não conhecia (vergonha, pois estava no ano de
vestibular, mas enfim) e o adicionei na minha lista infindável de "livros
que quero ler um dia".
Finalmente de férias, com tempo livre e a mente fresca, no início de
janeiro passei na livraria e o comprei. Fiquei dias lendo suas orelhas, a
biografia de Fitzgerald e admirando a capa verde fluorescente, postergando a
leitura por puro doce. Até que o peguei de vez e li metade em uma madrugada e o
restante na tarde do dia seguinte.
O Grande Gatsby foi considerado pelo próprio F. Scott Fitzgerald o seu
mais célebre romance, divisor de águas. Encontramos a perfeita recriação da
atmosfera de bailes e boêmia dos anos 20 estadunidenses, os quais o escritor
viveu ao lado de sua amada companheira, Zelda Sayre. Scott retrata com base
crítica e várias metáforas, a vida da alta sociedade americana frequentadora
de eventos banhados por glamour, exageros, bebidas e muito jazz.
A história é narrada por Nick Carraway, um jovem comerciante do mercado
de ações, que muda-se para um chalé simples em Long Island, tornando-se vizinho
de Jay Gatsby, dono da maior e luxuosa mansão dos arredores. Certo dia, Nick é
convidado para uma das magníficas festas que acontecem corriqueiramente na casa
de Gatsby e os dois passam a se conhecer, tornando-se grandes amigos. Nick possui
uma profunda admiração por Jay, que é deixada bem clara durante todo o livro.
É revelado para Carraway que Gatsby e sua prima de segundo grau, Daisy,
viveram um romance antes de esta se casar com Tom Buchanan, um atleta
afortunado que a trai descaradamente. Nick, sabendo do mau caráter de Tom e do amor que Gatsby alimenta, resolve ajudá-lo acobertando o reencontro com Daisy.
Assim, Daisy e Gatsby começam a ter um caso, relembrando os tempos que
estiveram juntos e se dando conta de que nunca esqueceram um ao outro.
O romance me envolveu por completo, me surpreendeu com seus
acontecimentos e principalmente com seu final. A história me fez refletir mais uma
vez sobre o significado da vida, sobre a superficialidade que nos rodeia, o
valor das coisas, dos sentimentos e das pessoas. É uma leitura instigante. Também fiquei
admirada com o fato de um livro publicado em 1925, ainda surtir um efeito
desses. Fitzgerald foi sensacional.
O meu exemplar é da Leya Brasil e custa R$ 25,40 na Saraiva. Edições de
outras editoras também estão disponíveis. O livro é muito fácil de ser
encontrado, até em brechós.
Ah, e sobre o filme, também recomendo. Achei a adaptação muito
boa, fiel o mais possível ao livro e a trilha sonora bem escolhida. É um dos
indicados ao Oscar 2014 de melhor figurino. Mantenho seu torrent no meu
computador, caso queria ver pela terceira vez, o que é muito provável...
Ana Caroline Pimenta
Esse também está na minha infinita lista de livros para ler, mas prometi não comprar mais nenhum livro até só ficar com 5 não lidos na estante!
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