domingo, 9 de fevereiro de 2014

Dica de leitura - Memórias Póstumas de Brás Cubas

No ano passado eu coloquei uma meta para 2014, na verdade fiz uma listinha com várias metas e posso fazer um post aqui sobre isso depois, mas o que importa hoje é que uma dessas metas é de que esse ano vou ler mais livros clássicos. Estou falando daqueles livros que os professores falam e a primeira coisa que a galera pensa é "Nunca vou ler isso, deve ser super chato", mas se você está no ensino médio ou no pré-vestibular sabe muito bem que são trechos desses livros que caem nas provas. Fiz uma pesquisa e montei uma lista com os livros que mais são cobrados em provas de vestibular e espero conseguir ler boa parte deles até o final do ano. 

Vou explicar o porquê disso... Não acho que a literatura hoje é ruim, mas considero super importante ler alguns livros que tiveram grande impacto quando foram escritos ou livros de autores renomados e principalmente autores brasileiros que inovaram na maneira de escrever. O meu novo queridinho é o Machado de Assis, li Memórias Póstumas (vou falar mais sobre o livro daqui a pouco) e agora estou lendo Dom Casmurro. O mais engraçado é que no ano passado Dom Casmurro era um dos livros que eu tinha que ler na escola e não li de jeito nenhum, tirei zero na prova do livro. Em minha defesa eu detesto ler porque a escola está pedindo, acho que não li nenhum dos livros que a escola mandava, acho que tenho que ler quando me interesso e me dá vontade. Tanto que agora fiquei curiosa e estou lendo, tranquilamente e sem a pressão de ter que ler porque vou ter uma prova sobre o livro.

Agora vamos falar sobre o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas que foi o livro que escolhi para ler nas férias. Demorei dois meses para terminar de ler, mas não foi porque o livro é chato e sim porque essa época de férias é bem tumultuada, fui pra casa dos meus avós e acabei não levando o livro e só terminei quando voltei pra Niterói. Demorei um pouco para me acostumar com o tipo de leitura por dois motivos: o vocabulário, que é bem diferente dos livros que estou acostumada, e porque os capítulos são muito curtos, alguns não tem nem uma página. Tiveram uns dois ou três capítulos do livro que eram reflexões e no final ele dizia que aquele capítulo era irrelevante e eu ficava tipo "como assim?", como ele escreve algo e diz que não importa?! Se isso me surpreendeu em 2014, imagina como foi na época em que o livro foi publicado? 

Se você é está no Ensino Médio e ainda não se localizou, o livro que estou falando é aquele que deu origem as questões sobre o autor defunto ou defunto autor. Essas questões confundem muita gente e depois que li o livro sei que não vou errar mais nenhuma e quase todo ano cai alguma coisa com um trecho desse livro.

No final o livro trás uma lição que me deixou surpresa, não esperava que o personagem fosse pensar daquela maneira no final, não vou contar para não estragar a surpresa para quem decidir ler, mas prometo que o livro não é nenhuma tortura como a maioria pensa. Claro, que você não pode esperar que seja do mesmo jeito que os livros contemporâneos, mas não quer dizer que é chato. Abra a mente e experimente coisas novas, foi o que eu fiz e fiquei encantada pelo livro, tanto que já comecei outro. Sou péssima para resumir livros, acabo contando o final, então peguei esse texto que explica um pouquinho as inovações e sobre o que o livro fala:

"O livro marca um tom cáustico e novo estilo na obra de Machado de Assis, bem como audácia e inovação temática no cenário literário nacional, que o fez receber, à época, resenhas estranhadas. Rompe com a narração linear e objetivista de autores proeminentes a época para retratar o Rio de Janeiro e sua época em geral com pessimismoironia e indiferença — um dos fatores que fizeram com que fosse amplamente considerada a obra que iniciou o Realismo no Brasil.
Memórias Póstumas de Brás Cubas retrata a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo da época, chegando a criar, inclusive, uma nova filosofia, mais bem desenvolvida posteriormente em Quincas Borba (1891) — o Humanitismo, sátira à lei do mais forte. Críticos escrevem que, com esse romance, Machado de Assis precedeu elementos do Modernismo e do realismo mágico e, de fato, alguns autores chamam-na "primeira narrativa fantástica do Brasil". O livro influenciou pequenos escritores  e é notado como uma das obras mais revolucionárias e inovadoras da literatura brasileira. Mesmo depois de mais de um século de sua publicação original, ainda tem recebido inúmeros estudos e interpretações, adaptações para diversas mídias e traduções para outras línguas."

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Bianca Riani


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