"Até hoje pergunta-se: para que serve a arte, para que serve a poesia?
Intelectuais se aprumam, pigarreiam, começam a responder dizendo "Veja bem..." e daí em diante é um blábláblá teórico que tenta explicar o inexplicável. Poesia serve exatamente para a mesma coisa que serve uma vaca no meio da calçada de uma agitada metrópole. Para alterar o curso do seu andar, para interromper um hábito, para evitar repetições, para provocar um estranhamento, para alegrar o eu dia, para fazê-lo pensar, para resgatá-lo do inferno que é viver todo santo dia sem nenhum assombro, sem nenhum encantamento".
(Fragmento de MEDEIROS, Martha. Veneno Antimonotonia na resvista O Globo de 02/10/2005)
Espero que esse trecho tenha despertado em muita gente essa vontade de quebrar a rotina.
Bianca Riani
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